sábado, 4 de abril de 2009

Espiritualidade centrada na Alma - A prática da Contemplação- Parte II

Continuação do Perfil do Tipo de Alma Centrada na Alma
Afastamento para renovação

A prática mais tradicional é o afastamento físico - "retirar-se", fugir do ambiente cotidiano para um local ou centro especialmente criado ee dedicado à exploração da vida interior.
Esses centros estão geralmente localizados num área bucólica onde a natureza encoraja a contemplação silenciosa. Não importa se um centro faz parte de um local sagrado, e que se tornou sagrado graças aos peregrinos que o procuraram ao longo dos séculos ou se é um local contemporâneo intencionalmente destinado a acolher buscadores espirituais, todos eles compartilham de uma missão comum: promover a oportunidade de vivenciar a transformação afastando-se para isso da correria da vida diária.


Os primeiros cristãos perceberam a importância de lugares especiais para a contemplação e solidão, e individualmente eles se separaram da sociedade. Esses "anacoretas" ou eremitas se afastavam da cidades para viver uma vida solitária em cavernas, nos desertos e nas montanhas. Alguns deles ganharam notoriedade de um séquito de devotos graças ao seu comportamento estranho, entre eles, São Simeão, o Estilista, que decidiu se instalar no alto de um pilar, onde rezava e jejuava.


A água e pouca comida que ele ingeria tinham de ser içadas até ele em cestos por meio de uma corda. Simeão atraiu muitos seguidores, que admiravam sua perseverança e o consideravam um grande homem. No século, IV, o movimento monástico tornou-se altamente organizado, e comprovou que era uma maneira significativa de satisfazer as necessidades espirituais daqueles que buscavam uma compreensão clara e imediata retirando-se do mundo. O monaquismo, é claro, não é o exclusivo do cristianismo; ele é praticado em várias das principais religiões do mundo, e de maneira mais reconhecível nos grandes mosteiros do Tibete.


Tipicamente, um centro de retiro é operado por um grupo específico de fiéis, ou por qualquer grupo espiritual; muitos centros estão atualmente abertos a todos os que procuram tranquilidade e solidão. Alguns preferem fazer um retiro em grupo - digamos, com sua comunidade de fé - enquanto outros preferem a abordagem individual e solitária. Se você se recolhe a um retiro, você pode esperar que lhe ofereça refúgio contra o bombardeamento pelos estímulos da sociedade.


Geralmente, as regras da casa não permitem televisão, aparelho de som, computadores, telefones, jogos eletrônicos ou, em alguns centros, até mesmo conversas supérfluas. Você provavelmente encontrará um lugar para a contemplação tranquila e a meditação, atalhos para uma caminhada, uma biblioteca e salas reservadas para o silêncio. Um centro pode oferecer a oportunidade de encontrar, um por um, os indivíduos conhecidos como guias espirituais ( algumas pessoas preferem a expressão amigos espirituais ), que são habilitados para escutar e orientar. As situações de retiro são particularmente valiosas para os tipos de alma atraídos para a prática da contemplação.


Embora muitas pessoas achem que isso ajuda muito, não é necessário se retirar fisicamente do ambiente em que se vive para desenvolver uma prática contemplativa. Neil Gillman escreve, em Sacred Intentions, que podemos "vivenciar a presença de Deus de muitas maneiras diferentes e em muitos diferentes momentos. Às vezes, Deus está mais perto de nós em nossos momentos de contemplação silenciosa. Deixe esses momentos entrarem em sua vida. A vida interior pode ser nutrida em uma Igreja, Sinagoga, Templo, Mesquita etc... no topo de uma montanha ou bem aí, no seu próprio quintal.

Texto retirado do maravilhoso livro: Decifrando o Código da Alma - Encontre as respostas para sua vida no seu DNA espiritual. - autores: Richard Southern e Robert Norton

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