domingo, 26 de abril de 2009

Escravidão Parte I - Osho

Simplesmente faça aquilo que lhe dê prazer ( prazer a você e ao seu meio ambiente ). Simplesmente faça algo que traga uma canção e crie um ritmo de celebração a seu redor. Esta vida eu chamo de vida religiosa. Osho
Primeira Parte do Décimo Sexto Discurso -
Escravidão - A semente de Mostarda - Osho
O homem nasceu escravo, e permanece um escravo por toda sua vida: um escravo dos desejos, luxúria, um escravo do corpo, da mente - mas dá no mesmo, a escravidão continua... Desde o momento em que você nasce, até o momento que você morre, é uma longa luta contra a escravidão. E a religião consiste em se ser livre. Religião é liberdade, liberdade de toda servidão. Mas o homem continua brincando com ele mesmo, vai se enganando, porque assim é mais fácil. Ser completamente livre é muito difícil. Será necessária uma cristalização dentro de você, será necessário um centro. E neste exato momento não há centro em vocêr, você não é um ser cristalizado - você é apenas um caos. Você pode ser como uma assembléia, mas não como um indivíduo. As vezes o desejo toma conta de você e, então, ele se torna o presidente da assembléia. Apenas alguns minutos depois o presidente se vai, ou é descartado; então um outro desejo toma conta de você. E você fica identificado com cada desejo; você diz: "Eu sou isto".
Quando o sexo assume a presidência, você vira o sexo; quando a raiva assume a presidência, você vira a raiva; quando o amor assume a presidência você vira o amor. E você nunca se lembra do fato de que não pode ser isto ou aquilo - sexo, raiva, amor. Não! Você não pode ser, mas você fica identificado com a cadeira da presidência, seja o que for que tenha o poder do momento, você se identifica com aquilo. E esse presidente vai mudando, porque depois que um desejo é preenchido temporariamente, ele é expelido da cadeira. Então, um outro que esteja nas cercanias - sedento, faminto, exigente - vira o presidente. E você fica identificado com cada desejo, com cada escravidão.
Esta identificação é a raiz causal de toda escravidão e, ao menos que essa identificação desapareça, você nunca será livre. Liberdade significa o desaparecimento da identificação com o corpo, com a mente, com o coração, seja como for que você queira chamar. Esse é o fato básico a ser compreendido: que o homem escravo, nasce um escravo, nasce chorando e gritando pela satisfação de alguns desejos. A primeira coisa que uma criança faz ao nascer é chorar. E isso permanece pela vida toda - chorando por isto o aquilo. A criança chora por leite; você pode estar chorando por um palácio, por um carro, por outra qualquer coisa, mas o choro continua. Ele pára somente quando você está morto.
Toda a vida é um longo choro - eis por que há tanto sofrimento. A religião lhe dá as chaves para torná-lo livre, mas se ser um escravo e sendo a vida de escravidão conveniente, confortável, você cria religiões simuladas, que não lhe dão nenhuma liberdade, que simplesmente não lhe dão nenhuma liberdade, que simplesmente lhe dão um novo tipo de escravidão. Cristianismo, hinduísmo, budismo ou islamismo, como são, organizados, estabelecidos, são novas espécies de aprisionamento.
Jesus é liberdade, Maomé é liberdade, Krishna é liberdade, Buda é liberdade, mas não o budismo, não o islamismo, não o cristianismo, não o hinduísmo - eles são simulações. Assim uma nova escravidão nasce: você é apenas escravo dos seus desejos, dos seus pensamentos, dos seus sentimentos, dos seus instintos, mas você se torna escravo de seus padres. Mais a escravidão acontece a partir de suas religiões simuladas, e nada muda em você.

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