Sobre Renuncia & Equilibrio

Um buda está andando e surge uma cobra. O que ele fará? Eles simplesmente salta fora do caminho! De que você o chamará, de covarde ou de valente? Ele é apenas um homem sensível, um homem de compreensão. Você prefiriria um homem que permanecesse ali, sem se incomodar com o que a cobra fosse fazer - a cobra pode picá-lo, mas ele permanece ali. Você chamará esse homem de valente. Mas ele é tolo, não valente. E lá no fundo ele deve ser um covarde: para esconder sua covardia, ele permanece ali.

Sobre Consciência

Sobre a Mentira
O homem vive em mentiras. Ele tem de viver, porque ele está tentando não aceitar a totalidade do seu ser; somente uma parte é aceita. Então, o que fazer com a outra parte? Ele tem de criar alguma mentira para escondê-la.
Tomás respondeu: Se eu lhes disser uma das palavras que ele me disse, vocês pegarão pedras e jogarão contra mim; e o fogo sairá das pedras e os consumirá.

Sobre Culpa
Um homem culpado fica rondando, procurando alguém que o puna. Quando não há ninguém para puni-lo, ele sente que fica mais difícil viver. Quando alguém o pune, ele fica à vontade. Já reparou nas crianças? Você não as pune, elas mesmas se punem: elas batem em si mesmas - isso as relaxa. Uma criança faz algo errado e fica olhando para ver se o pai, ou a mãe, ou alguém tomou conhecimento; ela fica em busca disso. Caso tenham tomado conhecimento, eles podem bater na criança; e a criança fica bem, porque agora ela fica punida. Acabou! A conta está fechada: ela errou e foi punida. Mas se ninguém fica sabendo, então ela fica em dificuldade: alguma coisa fica incompleta. Ela vai para um canto e bate em si mesma. Então fica bem.
É isso o que está acontecendo com as pessoas austeras: elas fizeram algo errado - quer seja errado ou não, não é a questão, elas acham que fizeram algo errado -, então, ficam se punindo. Você pensa que elas estão entrando em profunda tapascharya, austeridade, que são grandes santos. Elas são simplesmente gente culpada punindo a si mesma. Elas podem jejuar, podem bater no próprio peito, podem até se queimar vivas, mas são simplesmente crianças culpadas, imaturas, punindo a si mesmas: fizeram algo errado e querem criar equilibrio. Esta é uma das mais profundas complexidades da mente humana.
Sobre Libertação:
Desfrute a vida em sua totalidade, caso contrário, você se sentirá culpado. Aceite a vida como ela é, e seja agradecido por ela, como ela é; tenha uma profunda gratidão - é isso o que torna um homem religioso. E, uma vez que você aceite o todo, você se torna inteiro. Todas as divisões desaparecem, um profundo silêncio ascende em você.... você é preenchido pelo desconhecido, porque, quando você está inteiro, o desconhecido bate à sua porta.
Osho - A Semente de Mostarda
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