terça-feira, 25 de junho de 2013

Karmas: O Interior está vivo, ele é aqui e agora.


 
O exterior é sempre o passado. Ele está sempre morto, porque, seja o que for que você tenha feito, você já fez. É sempre o passado, nunca está vivo. O interior está vivo, ele é aqui e agora. Se você me conhece - seja o que for que eu tenha dito e feito - você conhece meu passado, você não me conhece - seja o que for que eu tenha feito e dito - você conhece meu passado, você não me conhece. Eu estou aqui, o que está vivo. Este é meu ponto interior e, seja o que for que você saiba sobre mim é apenas exterior. Está morto, não existe mais.
 
Observe isso na sua própria consciência. O que quer que você tenha feito não é uma escravidão sobre você. Na verdade, não mais existe - é pura memória. E você é maior do que aquilo. Suas infinitas possibilidades estão presentes. Foi somente acidental você ser um pecador ou um santo. Foi acidental você ser um cristão ou um hindu. Mas o seu interior não é acidental: ele é essencial.
 
A ênfase no interior é a ênfase no essencial. E esse interior permanece livre: ele é liberdade. O exterior é uma escravidão, porque você conhecer o exterior somente quando ele já aconteceu; então, você não pode fazer nada sobre aquilo. O que você pode fazer sobre seu passado? Ele não pode ser desfeito, você não pode retroceder. Você não pode fazer nada com o passado, ele é uma escravidão.
 
Se você compreender isso corretamente, então, você pode compreender a teoria do karma - a teoria das ações. Esta teoria - uma das mais essenciais partes da percepção hindu - diz que, a menos que você vá além dos karmas, você não é livre; a menos que você tenha ido além de todas as ações, você permanecerá na escravidão. Não preste muita atenção no exterior, não fique obcecado com ele. Use-o como uma ajuda, mas continuamente lembrando-se de que o interior tem que ser descoberto.
 
 
O corpo é somente para tocar e sentir os outros. Através dele, você nunca se tocou, através dele, você nunca se conheceu. Você se conhece através de algum outro orgão que é interno. Mas este é o infortunio - não percebemos os orgãos internos e nossa imagem em nossos próprios olhos é criada pelos outros. Seja o que for que digam sobre mim, é o meu conhecimento de mim mesmo. Se disserem que sou belo ou se disserem que sou feio, eu acredito nisso. Seja o que for que meus sentidos digam para mim atraves dos outros - refletidos atraves dos outros - torna-se minha crença sobre mim mesmo.
 
Se você puder reconhecer os orgãos internos, você estará livre da sociedade completamente. Eis o que se quer dizer quando é dito nas velhas escrituras que um saniassin não faz parte da sociedade, porque ele agora ele conhece a si mesmo atraves dos próprios orgãos internos. Agora seu conhecimento sobre si mesmo não é mais baseado sobre os outros, não é mais uma coisa refletida. Agora ele não precisa de mais nenhum espelho interno. E a realidade interna pode ser conhecida somente quando você chega aos orgãos internos.
 
O mundo não existe mais, os pensamentos não mais existem, os sentimentos de ego não mais existem, e cheguei a conhecer meus próprios orgãos internos do conhecimento, da consciencia, da inteligencia - ou seja la que nome você queira lhe dar: percepção, estado de alerta.... Então, na luz desse orgão interno, o Eu é revelado.
 
Este EU não pertence a você. Este EU é o seu centro mais intimo, desconhecido para você. Este EU não esta contra nenhum VOCE. Este EU é cósmico. Este EU não tem fronteiras. Neste EU, tudo está implícito. Este EU é uma onda é um oceano.Osho- O livro dos Segredos vol 3 A Ciencia da Meditação.

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