segunda-feira, 24 de junho de 2013

Desejos & Escravidão: Osho

Olá queridos leitores,
 
Hoje depois de meditar com minhas tigelas de cristal bowl fui silenciar-me e posteriormente peguei um dos livros do Osho para ler algumas linhas....
 
 
Quando fui ler hoje, conscientemente estava procurando algo para compreender melhor algumas coisas que vem acontecendo no cotidiano das pessoas ultimamente: uma tal de obsessão por coisas, pessoas, uma agonia....
 
Nos últimos dias em São Paulo, tive que passar a caminho da minha casa pela multidão de manifestantes e pensei o que realmente está levando essas pessoas às ruas, fechando à avenida mais movimentada do Brasil.... a Avenida Paulista .... ainda não estou convenciada de que os motivos que estão sendo descritos nos meios de comunicação.... tem algo mais além ..... este tipo de manifestação e revolta faz parte da unidade do ser... tem muito mais coisas agregadas a esses manifestos... coisas pessoais....
 
 
E veio o texto abaixo para minha leitura e meditação: sobre Desejos e Escravidão.
 
O ser humano é escravo de desejos, o bandido rouba porque deseja ter coisas que não está disposto trabalhar para compra-las. Os terreiros de macumba estão cheios de pessoas pedindo para amarrar pessoas afetivamente, alguns para mandar o mal para outros... enfim... estou falando sobre pessoas..... e tudo resume-se a Desejos!
 
 
Costumo dizer no consultório que o desejo tem varios filhos: desejo de ser magro, desejo de ser loira, desejo de ser rico, desejo de transar com não sei quem.... e as legiões de desejos quando não alcançadas chama os irmãos dos desejos: a cobiça-inveja - a ira e a vingança.
 
 
Assim como o medo tem legiões de filhos, quando não atendidos chamam os irmãos do medo que são: a culpa, a ansiedade e depressao.....
 
 
Eu considero o medo, o pai de todos inclusive dos desejos....
 
Ele comanda tudo o que rege de ruim neste mundo, medo de não ter dinheiro consequentemente não consegue-se tais desejos que estão na cadeira da presidência....
 
Enfim seria muito bom, o ser humano rever seus conceitos de loucura que já passou do limite de espalhar tanta desgraça, dor e sofrimento não só para si mais para toda humanidade e a natureza. Milka
 
 
 
                                    Aconteceu..
 
Osho em A Semente de Mostarda -  Décimo Sexto Discurso/ Discursos de Jesus Cristo.
 
 
Um homem muito manso entrou num escritório - magrinho, doentinho, muito humilde. Ele disse:
-Eu soube que vocês precisam de segurança noturno.
 
O gerente olhou para ele mostrando dúvida e disse:
 
- É sim, nós precisamos de um segurança noturno, mas precisamos de uma pessoa que esteja continuamente atenta, principalmente à noite. Precisamos de uma pessoa que nunca acredita em ninguém, que seja cética, um cético nato, alguém que jamais confie no  que o outro possa estar fazendo. Deve ser uma pessoa que esteja sempre procurando onde haja algum problema, e que sempre ouvindo o que está acontecendo ao redor; que seja quase um neurótico e que uma vez excitado torna-se um demônio encarnado!
 
Aquele homem manso e humilde levantou-se e disse:
 
-Então, vou mandar a minha mulher aqui.
 
 
É assim que um marido se sente quanto à própria mulher, e é assim que uma esposa se sente quanto ao marido - o domínio é realmente pesado. Mas é assim. Se você se tornar consciente, verá que cada desejo é pesado e o incita continuamente em direção a metas fúteis. Se você não forem em direção a eles, há problemas; se você for, há frustração.
 
 
Cada desejo é um mestre, e milhões são os desejos. Assim, você está numa enrascada, você é um escravo de milhões de mestres. É difícil, e cada desejo fica incitando a pessoa em direção a uma meta propria dele mesmo, sem se preocupar com você.
Osho em A Semente de Mostarda pg 382 Décima Sexto Discurso/ Discursos de Jesus Cristo.
 
Inicia-se: O homem nasce um escravo, e permanece um escravo por toda a sua vida: um escravo dos desejos, da luxúria, um escravo do corpo, da mente - mas dá no mesmo, a escravidão continua.
 
As vezes um desejo toma conta de você e, então, ele se torna o presidente da assembleia. Apenas alguns momentos depois o presidente se vai, ou é descartado; então, um outro desejo toma conta de você. E você continua identificado com cada desejo; você diz: "Eu sou isto".
 
 
 
Quando o sexo assume a presidência, você vira sexo; quando a raiva assume a presidência, você vira a raiva; quando o amor assume a presidência, você virá o amor. E você nunca se lembra do fato de que você não pode ser isto ou aquilo - sexo, raiva, amor. Não! Você não pode ser, mas você fica identificado com a cadeira da presidencia, seja o que for que tenha o poder no momento, você se identifica com aquilo. E esse presidente vai mudando, porque depois que um desejo é preenchido temporariamente, ele é expelido da cadeira. Então, um outro que esteja nas cercanias - sedento, faminto, exigente - vira o presidente. E você fica identificado com cada desejo, com cada escravidão.
 
 
Esta identificação é a raiz causal de toda escravidão e, a menos que essa identificação desapareça, você nunca será livre. Liberdade significa o desaparecimento da identificação com o corpo, com a mente, com o coração, seja como for que você queira chamar. Esse é o fato básico a ser compreendido: o que o homem é um escravo, nasce um um escravo, nasce chorando e gritando pela satisfação de alguns desejos. A primeira coisa que uma criança faz quando nasce é chorar. E isso permanece por toda a vida - chorando por isto ou aquilo. A criança chora por leite; você pode estar chorando por um palácio, ou por um carro, ou por outra coisa, mas o choro continua. Ele pára somente quando você está morto.
 
Toda sua vida é um longo choro - eis por que há tanto sofrimento.

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